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terça-feira, 16 de junho de 2015

AFREAKA




ARTISTAS: VÁRIOS
CURADORIA: FESTIVAL AFREAKA
DE 9/6 A 27/6
ENDEREÇO: RUA DA CONSOLAÇÃO, 94 - CENTRO
TELEFONE: (11) 3775-0002

O "Festival Afreaka" é uma iniciativa multidisciplinar que visa romper os estereótipos
 presentes da África no Brasil, evocando o seu lado inovador, proativo e artístico e
 promovendo o diálogo de representantes da cultura de raízes afro-brasileiras com artistas
e intelectuais contemporâneos do continente africano.
Em uma explosão de artes visuais e gráficas, literatura, ciências humanas e moda, o festival
 colabora com a promoção da cultura de forma ampla, trazendo atrações, obras e artistas
 capazes de sensibilizar e dialogar com o público, incitando uma discussão mais rica sobre
 uma das principais regiões de origem da população brasileira.
Ao estimular a ruptura de estereótipos, traz à tona um debate relevante sobre a importância da
 multiplicidade de versões, revelando um continente ilustrado de forma inédita, criando um
valoroso produto cultural e trazendo aos olhos um tema que merece registro.
Exposição "Protagonistas Africanos"
Uma exposição itinerante de arte contemporânea, um hub de inovação e tecnologia, um
 prêmio pioneiro na literatura infantil, uma revista descolada sobre o renascimento do
 continente, um museu de esculturas a céu aberto que faz contraste entre savana e expressão
 artística: esta é a exposição "Afreaka – Protagonistas Africanos".
Por meio de diferentes instalações que vestem a Biblioteca Mário de Andrade neste mês de
 junho, você mergulhará na arte, cultura e memória africanas. A visita é um convite profundo
 para o conhecimento de um mundo ancestral e ao mesmo tempo atual. As pontes: expressões
 contemporâneas que abordam sustentabilidade, artes e sabedorias complexas do continente
 negro.
Os protagonismos emergem nas instalações lúdicas dos panos largos, nos círculos fotográficos
 do corredor de vidro; no percurso de memoráveis iniciativas e personagens africanas, onde a
 delicadeza e a diversidade de formas de expressão do continente são exploradas em suas
essências, exemplificando uma África ativa e fora dos clichês.
As instalações procuram despertar o sentido com ações artísticas, chamando o espectador
 para uma interação direta e sensorial com um mundo motivador e desconhecido, e ininterruptamente
 conectado com o Brasil. Com uma curadoria inédita, a importância da mostra está na forma inovadora
 como aborda uma temática de grande importância cultural, vindo para somar esforços no sentido de
 promover o fim de preconceitos raciais históricos e disseminar a cultura africana e toda sua inovação,
 criatividade e pioneirismo.
Vistas da exposição 
Exposição "Olhares Afro Contemporâneos"
Em um encontro explosivo de cores e contrastes, as lentes africanas e afro-brasileiras se unem trazendo
 a sensibilidade e inovação artística da cultura negra. Transportar para o Brasil a produção cultural
contemporânea de diferentes países da África, em toda a sua riqueza e diversidade, e promover a dialogia
 com a raiz brasileira em busca de suas origens, é uma forma de entender e fomentar as aproximações
 permanentes entre o país e o continente. Representações estéticas, marcas captadas,
 histórias visuais
em movimento e retratos eminentes se encontram aqui, sinalizando os contrastes e
 diálogos da identidade
 de dois mundos separados pelo tempo, que permaneceram unidos no ímpeto cultural e
que hoje revelam
 suas identidades afro contemporâneas.
Exposição "Mulheres Africanas - Surama Caggiano"
A beleza, sabedoria e determinação da mulher africana são as bases do trabalho de
Surama Caggiano. A
artista plástica, que criou e desenvolveu a técnica do mosaico contemporâneo, apresenta
 aqui a envolvente
 coleçãoMulheres Africanas. Fazendo uso de CDs inutilizados e colagem de papéis, Surama
produz, em
tamanho real, composições de belas mulheres negras, que estimulam o povo brasileiro a ir
 ao encontro de
 sua origem em África. Valorizando a cultura e arte afro-brasileiras, fundamentais para a
engrenagem da
 série, a coleção fomenta no recorte das pastilhas o debate sobre a atuação e o protagonismo
inquestionável dessas mulheres.
Vistas da exposição / Créditos: divulgação



APOIO:
  

HISTÓRIAS DA LOUCURA: DESENHOS DO JUQUERY

ARTISTAS: VÁRIOS
CURADORIA: DIREÇÃO ARTÍSTICA MASP
DE 12/6 A 6/9
ENDEREÇO: AVENIDA PAULISTA, 1578
TELEFONE: 11 3251-5644
De 12 de junho a 6 de setembro, o MASP apresenta a exposição "Histórias da loucura: desenhos do Juquery", inaugurando um novo espaço expositivo no primeiro subsolo do museu. A mostra reúne cerca de 100 desenhos feitos por internos do Hospital Psiquiátrico do Juquery, localizado em Franco da Rocha, São Paulo. As obras eram parte da coleção do Dr. Osório César (1895-1979), fundador e diretor da Escola Livre de Artes Plásticas, que funcionou no hospital entre meados de 1950 e 1970 e onde lecionaram artistas como Lasar Segall e Maria Leontina.
Médico psiquiatra do Juquery por mais de quatro décadas, Dr. Osório César foi um dos pioneiros no Brasil a pesquisar e a aplicar o uso da arte como recurso terapêutico em pacientes psiquiátricos. Por acreditar tanto na potência artística dos internos quanto nas qualidades estéticas de seus trabalhos, Dr. Osório César, que foi casado com a artista Tarsila do Amaral, promoveu exposições de desenhos e pinturas criados no Juquery. O MASP sediou duas delas: em 1948, um ano após a inauguração do museu, e em 1954. Em 1974, o médico doou sua coleção particular ao MASP, fato que atestava seu desejo de salvaguardá-la como um acervo de arte, ao invés de arquivá-la como parte de seus estudos. "Histórias da loucura: desenhos do Juquery" retoma o interesse do museu por essa inestimável coleção, possibilitando a recuperação de histórias plurais, que tratam tanto de sua própria história, quanto da produção desses autores que passaram a integrar um importante acervo de arte na condição de artistas.
Além disso, o titulo da exposição alude diretamente ao livro História da loucura, do filósofo francês Michel Foucault, originalmente publicado em 1961. Nele, Foucault desenvolveu uma genealogia das ideias e práticas referentes à construção e manutenção da noção de loucura na história do Ocidente. Dessa forma, as histórias a que o título da mostra se refere sugerem não apenas aquelas dos artistas da mostra, mas relatos mais amplos, que tratem também de acontecimentos, ideias, formas de arte e narrativas pessoais e ficcionais. São temas que o MASP pretende desenvolver em um projeto maior, denominado Histórias da loucura, do qual os desenhos de Juquery serviriam de capítulo inicial.
Albino Braz, Sem título (homem sobre pedestal, com mulher levantada) / Créditos: acervo MASP
Novo espaço expositivoO projeto expositivo ocupa um novo espaço no primeiro subsolo do MASP, dividido em duas salas. Uma delas é inteiramente dedicada aos 42 desenhos de Albino Braz, artista cujas obras foram exibidas na sessão Imagens do inconsciente, da mostra Brasil 500 anos - artes visuais, em 2000, em São Paulo. A outra sala recebe mais de 50 desenhos dos artistas Pedro Cornas (o estudioso), J. Q., Claudinha D’Onofrio, Pedro dos Reis, Sebastião Faria, A. Donato de Souza, Marianinha Guimarães, Armando Natale, Augustinho, H. Novais.
Desenvolvido pela METRO Arquitetos, o projeto prevê a divisão do espaço, cujas paredes são de vidro, em dois ambientes separados, configurados por um sistema flexível de painéis em estrutura metálica, soltos do chão, o que permitirá outras configurações futuras. No interior dessas salas serão expostas as obras de arte, protegidas da incidência de luz direta. O objetivo é manter a transparência dos espaços do museu, sem comprometer a conservação dos desenhos, naturalmente frágeis, por serem, em sua maioria, de lápis sobre papel.
Complementando a exposição, o MASP lança um catálogo integral, com a reprodução de todos os desenhos apresentados na mostra. Dois ensaios introduzem a publicação: um de autoria de Kaira M. Cabañas, professora visitante do Departamento de Letras da PUC-RJ, e outro concebido pela direção artística do MASP, que assina a curadoria da exposição.
Sobre o Dr. Osório Thaumaturgo CésarNasceu em 17 de novembro de 1895, em João Pessoa, e faleceu em 3 de dezembro de 1979, em Franco da Rocha, cidade do Hospital Psiquiátrico do Juquery. Há poucas informações conhecidas a respeito da vida e da família de Osório na Paraíba. Sabe-se apenas que ele se mudou para São Paulo, em 1912, para estudar odontologia. Terminado o curso, ele matriculou-se na Faculdade de Medicina de São Paulo em 1918 e formou-se na de Medicina da Praia Vermelha no Rio de Janeiro em 1925. Em 1923, ingressou como estudante no Hospital Psiquiátrico do Juquery e começou a trabalhar nessa instituição como médico anamotopatologista de 1925 até 1964, quando se aposentou em consequência da pressão militar. Foi casado com a artista Tarsila do Amaral.
Sobre o Juquery
O Hospital Psiquiátrico do Juquery, ora denominado Asilo de Alienados do Juquery, foi inaugurado em 1898. O projeto arquitetônico foi concebido por Ramos de Azevedo e a administração das primeiras décadas do complexo ficou a cargo do médico psiquiatra Francisco Franco da Rocha, que dá nome à cidade-sede do hospital. Atualmente, o Complexo Hospitalar Juquery desenvolve uma política antimanicomial, com atividades ligadas à saúde e ao bem estar da população paulistana.
ServiçoExposição: Histórias da loucura: desenhos do Juquery
Datas e horários: 12 de junho a 6 de setembro de 2015. Terça a domingo, das 10h às 17h30; quinta-feira, das 10h às 19h30.
Local: MASP | Avenida Paulista, 1578
Ingressos: R$25,00 (entrada); R$12,00 (meia-entrada) | O MASP tem entrada gratuita às terças-feiras, durante o dia todo, e às quintas-feiras, a partir das 17h.

FILE FESTIVAL SÃO PAULO 2015





ARTISTAS: VÁRIOS
CURADORIA: FILE FESTIVAL
DE 16/6 A 16/8
ENDEREÇO: AVENIDA PAULISTA, 1313 - CERQUEIRA CÉSAR
TELEFONE: (11) 3146-7405

Em sua 16ª edição, o FILE São Paulo - Festival Internacional de Linguagem 
Eletrônica -, o mais importante encontro de arte digital da América Latina, realizado
 pelo SESI São Paulo desde 2004, reúne mais de 330 trabalhos de artistas de
 diversos países no Centro Cultural Fiesp - Ruth Cardoso, com uma série de
 atividades gratuitas, entre os dias 16 de junho e 16 de agosto.
As obras ocuparão os 1000 metros quadrados da área expositiva da Galeria de
 Arte do SESI-SP e outros espaços abertos, como a Galeria de Arte Digital
 SESI-SP (na fachada do edifício-sede SESI-SP/Fiesp), com o FILE LED Show;
 a calçada do outro lado da avenida Paulista em frente ao prédio e os acessos às
 estações Trianon-Masp e Consolação do Metrô.
Neste ano, a programação contará com diferentes categorias que expressam novas
 poéticas da arte e tecnologia por meio de exposições, instalações interativas,
 animações, jogos, performances, workshops e a recente imersão estética que 
utiliza óculos 3D.
Com uma parceria de mais de uma década, o SESI-SP e o FILE têm como objetivo
 oferecer uma plataforma interdisciplinar internacional para o fomento e difusão de
 projetos inovadores e criativos nas áreas de arte e tecnologia, inserindo o Brasil no
 contexto mundial dessas novas tendências.
No festival, o público tem a oportunidade de conhecer obras que estimulam a reflexão e a participação de todos, indo além da contemplação artística.
“Hardwired”, desenvolvida pela POLYMORF, consiste em cerca de 18.000 luzes LED que simbolizam a transferência de conhecimento / Créditos: divulgação
Serviços:
Exposição: FILE São Paulo 2015 - Festival Internacional de Linguagem Eletrônca.
Datas e horários: Entre 16/6 e 16/8 de 2015. Todos os dias, das 10h às 20h; 
com exibição de obras visuais das 22h às 6h na fachada do edifício.
Local: Centro Cultural Fiesp - Ruth Cardoso | Av. Paulista, 1313.



O HABITANTE DO PLANO PARA FORA


ARTISTAS: CRISTIANO LENHARDT
CURADORIA: GALERIA FORTES VILAÇA
DE 13/6 A 1/8
ENDEREÇO: RUA JAMES HOLLAND, 71 - BARRA FUNDA
TELEFONE: (11) 3392-3942
Cristiano Lenhardt retorna ao Galpão Fortes Vilaça para apresentar a exposição "O Habitante do Plano para Fora", sua segunda individual na galeria. Esculturas, desenhos, vídeos e uma obra com som fazem parte da mostra. Os trabalhos partem das observações que ele faz nas ruas, nas manifestações folclóricas, no comércio ambulante e na vivência cotidiana de modo geral.
Pau-Bonito é uma série de esculturas modulares feitas em madeira esculpida e pintada, como mastros, que se erguem através de cordas tensionadas e presas ao chão. Assemelham-se, assim, com a estrutura das tendas de circo e ao mesmo tempo evocam as lanças de caboclo, os estandartes, o pau-de-fita, entre outras manifestações folclóricas. Apesar de usar a cultura popular como ponto de partida, seu trabalho ganha novos desdobramentos semânticos através do jogo entre o bi e o tridimensional. Estas estruturas criam planos que dividem visualmente o espaço e delimitam áreas vazadas, interpenetráveis. Configuram, ainda, o que o artista chama de áreas estéticas, demarcando onde atuam as outras obras da exposição.
Nesse sentido, os trabalhos de "O Habitante do Plano para Fora" agem como personagens dentro de uma cena, cuja narrativa está em constante mutação. É frequente a utilização de furos, transparências e brechas, como um esforço do artista em revelar o que está além do plano observado. A série de desenhos Perfuração lida com essas questões: as formas geométricas são criadas com pequenos furos sobre o papel quadriculado. Desenho e escultura se justapõe na prática do artista. De modo semelhante, a obra Tela para Dentro, Vazada usa um globo-laser projetando luz para dentro de uma caixa de papelão furada. A caixa cria um espaço de baixa luminosidade, propício para o funcionamento do laser, ao mesmo tempo que os furos permitem que a luz extrapole o suporte.
Tela para Dentro, Vazada (2015). Cristiano Lenhardt / Créditos: cortesia Galeria Fortes Vilaça
ServiçoExposição:  O Habitante do Plano para Fora, de Cristiano Lenhardt.
Datas e horários:  De 13 de junho a 1 de agosto de 2015. Terça a sexta, das 10h às 19h; sábados, das 10h às 18h.
Local: Galpão Fortes Vilaça | Rua James Holland, 71 - Barra Funda

COMO É A PINTURA, A POESIA É

ARTISTAS: LUIZ MARTINS
CURADORIA: ROBERTO BERTANI
DE 17/6 A 31/7
ENDEREÇO: RUA ARTUR DE AZEVEDO, 986 - PINHEIROS
TELEFONE: (11) 2495-6876
A Galeria Paralelo exibe "Como é a pintura, a poesia é", do artista visual Luiz Martins, com curadoria de Roberto Bertani, em cartaz entre os dias 17 de junho e 31 de julho. Como um recorte da produção do artista, a mostra é composta por 5 desenhos, 3 esculturas e 6 objetos em técnica mista, os quais evidenciam sua pesquisa sobre a comunicação humana e as representações da linguagem escrita através de signos e símbolos, usados desde os nossos ancestrais até os dias de hoje.
O trabalho de Luiz Martins se manifesta na apropriação de matérias orgânicas, aproximando-as de suportes impressos. Sua pesquisa morfológica abrange das pinturas rupestres aos alfabetos ideogramáticos, observando também os ícones indígenas e símbolos que variam entre figuras do cotidiano e entidades e forças místicas. Conforme observa Paulo Miyada: “(...) ele (o artista) converge esses símbolos para um mesmo lugar, mantendo-os carregados de um mistério original no qual partes de narrativas se insinuam como rudimentos da comunicação, da história, da arte e da religião.”. Neste contexto, Luiz Martins utiliza a escrita como insumo e, por meio da impressão gráfica, garante um novo relevo em sua obra, transformando, assim, os elementos naturais em arte, carregada de poesia. Em busca da ressignificação da linguagem escrita, o artista utiliza, em alguns trabalhos, páginas do dicionário e da Bíblia como suportes – estabelecendo a conotação das fontes de informações “profanas” e sagradas -, nos quais manuseia a forma da figura ali criada, como se apagasse a linguagem e a substituísse por arte.
Nesta nova mostra individual, o espectador poderá observar a composição material e plástica das obras de Luiz Martins, bem como os elementos simbólicos que compõem a sua produção. Nas palavras de Roberto Bertani: “É, portanto, na eloquência e na pesquisa permanente deste artista singular que esta curadoria procura entreter os visitantes com obras contundentes, a fim de provocar a reflexão entre o discurso óbvio e o filosófico reflexivo.”.
Serviço:Exposição: "Como é a pintura, a poesia é", de Luiz Martins com curadoria de Roberto Bertani.
Datas e horários: De 17 de junho (abertura às 19h) até 31 de julho de 2015. De segunda a sexta, das 10h30 às 19h; sábado das 11h às 17h.
Local: Paralelo | Rua Artur de Azevedo, 986, Pinheiros.
Entrada franca.

MULHERES ARTISTAS: AS PIONEIRAS (1880-1930)

ARTISTAS: VÁRIAS
CURADORIA: ANA PAULA SIMIONI E ELAINE DIAS
DE 13/6 A 6/9
ENDEREÇO: PRAÇA DA LUZ, 2 - LARGO GENERAL OSÓRIO, 66 - LUZ
TELEFONE: (11) 3324-1000
A Pinacoteca do Estado de São Paulo recebe a partir do dia 13 de junho a exposição "Mulheres artistas: as pioneiras (1880-1930)". Com curadoria de Ana Paula Simioni e Elaine Dias e acompanhamento da Fernanda Pitta da equipe de curadores da Pinacoteca, a exposição "Mulheres artistas: as pioneiras (1880-1930)", visa mostrar a inserção da mulher no sistema artístico brasileiro, enfatizando os processos de formação a que tiveram acesso e sua afirmação como artistas profissionais. Contrariando os discursos de época, que procuravam restringi-las ao ambiente doméstico, ao reduzi-las à condição de “naturalmente amadoras”, diversas pintoras e escultoras realizaram obras de importância histórica.
A mostra será uma ocasião fundamental para conferir suas produções, muitas delas jamais antes vistas por públicos ampliados, ou em relação umas com as outras.
O recorte temporal denota um arco de produções entre 1880 e 1930, respectivamente, pela premiação de Abigail de Andrade na 26ª Exposição Geral de Belas Artes, em 1884, e, finalmente, a década de 1930, com a chamada “rotinização” do modernismo no Brasil, momento em que as mulheres artistas passam a ocupar definitivamente um lugar de destaque na arte brasileira.
As obras serão dispostas em duas salas. Na primeira ressaltam-se as práticas acadêmicas que compuseram sua formação artística, entre as quais o estudo do desenho a partir do corpo feminino e masculino entre os séculos XIX e início do XX, a imitação do modelo antigo e dos mestres em desenhos e pinturas. Na segunda sala serão exibidas as variedades de gêneros artísticos a que as mulheres se dedicaram ao longo do século XIX e inícios do XX, demonstrando de que modo incorporaram e elaboraram as regras, valores e métodos dos meios acadêmicos a que estiveram vinculadas. A qualidade de muitas destas obras permite, de maneira inequívoca, contestar o rótulo de “amadoras” com que foram julgadas.
Assim, o público poderá, concomitantemente, tomar contato com artistas e obras que ainda hoje são praticamente desconhecidas, bem como indagar-se sobre as razões de tal desconhecimento e do quanto são devedoras de uma historiografia da arte cujos critérios de inclusão e exclusão são perpassados por questões de gênero e, por conseguinte, de poder.
Estudo de nu (sentado), 1921. Tarsila do Amaral / Créditos: Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo
Serviço:Exposição: Mulheres artistas: as pioneiras (1880-1930)
Datas e horários: De 13 de junho até 6 de setembro de 2015. Terça a domingo, das 10h às 17h30 com permanência até as 18h.
Local: Pinacoteca do Estado de São Paulo | Praça da Luz, 02 - Luz
Ingresso combinado (para os dois endereços da Pinacoteca): R$ 6,00 e R$ 3,00. Entrada gratuita aos sábados. 

AGENDA CULTURAL

A EXPERIÊNCIA DA ARTE

ARTISTAS: VÁRIOS
CURADORIA: EVANDRO SALLES
DE 22/04 A 25/10
ENDEREÇO: RUA TAMARUTACA, 302 - SANTO ANDRÉ
TELEFONE: (11) 4469-1200
O Sesc Santo André exibe "A Experiência da Arte", com curadoria de Evandro Salles e nove obras, independentes entre si, dos artistas Cildo Meireles, Eduardo Coimbra, Eleonora Fabião, Ernesto Neto, Waltercio Caldas, Wlademir Dias-Pino e Vik Muniz. Entre esculturas, fotografias, instalações, obras sonoras, performances e poemas visuais, a mostra propõe uma imersão plena no universo poético da arte, ao apresentar peças com diferentes abordagens e estratégias de relação com o público: algumas de total interatividade, outras reflexivas ou inteiramente contemplativas.
Concebida no formato de grandes instalações, expostas em aproximadamente 1.700m2 de área interna e externa, "A Experiência da Arte" proporciona ao público a vivência da arte como um acontecimento especial, essencialmente poético, de natureza individual e intransferível. O projeto curatorial repensa o papel da mediação entre obra e espectador, no intuito de incentivar a criação de sistemas próprios de vivência e usufruto da arte. Neste sentido, são evitadas legendas, informações biográficas, discursos comparativos, informações históricas, abordagens sociológicas, antropológicas e demais informações que, segundo Evandro Salles, funcionam como “impedimentos que atravessam e obstruem o caráter essencialmente poético do objeto de arte”.
Vista da exposição. Foto: Evandro Salles
A mostra, que não tem nenhum roteiro de visitação pré-fixado ou trajetória pré-estabelecida, tem entretanto como seu espaço introdutório a “Sala de Encontro”, usada tanto para receber o público em seus primeiros momentos na área expositiva como para prepará-lo para percorrer um dos trajetos possíveis da mostra. Esta sala funciona como uma espécie de “passagem” entre o mundo cotidiano e o mundo da arte, onde o visitante se preparar para percorrer um universo de natureza mais sensível e complexa.
"A Experiência da Arte" não tem um tema central, nem busca a uniformidade de leitura entre estilos e técnicas artísticas. Elimina ao máximo todo tipo de mediação, em prol da livre absorção da poética do objeto de arte. Nas palavras do curador, “Uma exposição de arte é um lugar para ver e experimentar objetos totalmente diferentes daqueles do mundo cotidiano. Eles funcionam para o pensamento, para o olhar e para o coração.”.
"A Ave", instalação do poeta Wlademir Dias-Pino. Foto: Joana Franca

AGENDA CULTURAL

LIE LIONG KHING

ARTISTAS: DANIEL LIE
CURADORIA: CASA TRIÂNGULO
DE 13/6 A 31/7
ENDEREÇO: RUA PAIS DE ARAÚJO, 77 - ITAIM BIBI
TELEFONE: 11 3167-5621
A Casa Triângulo apresenta, entre os dias 13 de junho e 31 de julho, a exposição "Lie Liong Khing”, primeira individual de Daniel Lie em uma galeria. A mostra, que traz o nome de seu pai no título, reflete sobre a passagem do tempo e da vida, através de memórias, objetos coletados ao longo da vida e fotografias de família. Suas investigações em torno do tempo, da natureza, da vida e da morte questionam as ligações humanas e universais, assim como o sentido da existência em si, por meio de um estudo místico e empírico do cotidiano.
A exposição "Lie Liong Khing” completa a trilogia de individuais que chegam a ficar em cartaz simultaneamente em três espaços culturais de destaque na cidade de São Paulo – Daniel Lie também está com individuais no Centro Cultural São Paulo (“Pacto com o Futuro”, em cartaz até 09/08/15) e na oficina Cultural Oswald de Andrade (“Meus Sentimentos”, em cartaz até 25/07/15). Nas três exposições, ele exibe projetos específicos de grande escala, compostos por estruturas de plantas e frutos tropicais que se interligam por de um sistema de cordas e roldanas, relacionando disciplinas como engenharia, física, química e ciência, flertando ainda com a ciência e a religião.
O eixo central desta exposição é uma grande instalação que ocupa a sala principal da galeria, na qual minerais brasileiros, plantas e frutas são suspensos por um mecanismo de roldanas, que relacionam o peso e a vida dos elementos ali instalados. A instalação convida o público a presenciar o tempo desmembrado em diversas camadas, seja o tempo da vida, pelo cultivo das plantas, o tempo ancestral com os minerais, ou tempo efêmero com os frutos perecendo, e o tempo familiar.
No segundo andar da galeria, Daniel apresenta uma série de objetos que oferecem um contato mais íntimo e direto entre o artista e o espectador. Esses objetos, criados com minerais, guizos, fitas e cordas, entre outros materiais, podem ser usados como esculturas de parede ou até mesmo serem utilizados em forma de colares, amuletos ou acessórios – flertando com a performance.
Serviço:Exposição: “Lie Liong Khing”, de Daniel Lie
Datas e horários: Entre 13 de junho e 31 de julho de 2015. De terça a sábado, das 11h às 19h.
Local: Casa Triângulo | Rua Paes de Araújo, 77 - Itaim
Entrada franca.

A TRAJETÓRIA SURREALIASTA DE MIRÓ


ARTISTAS: JOAN MIRÓ
CURADORIA: INSTITUTO TOMIE OHTAKE  E FUNDAÇÃO JOAN MIRÓ
DE 24/5 A 16/8
ENDEREÇO: AVENIDA BRIGADEIRO FARIA LIMA, 201 - PINHEIROS - SÃO PAULO - SP CEP 01451-001
TELEFONE: (11) 2245-1900
Um dos mais adorados artistas do século 20, o catalão Joan Miró (1893-1983) impressiona gerações através dos séculos. Exemplo da atualidade de suas ideias é a fundação dedicada ao artista em Barcelona, que só em 2014 recebeu 650 mil visitantes. Para os brasileiros se aproximarem das obras do surrealista, a oportunidade será na maior exposição já dedicada ao artista no país, que acontece entre os dias 24 de maio e 16 de agosto, no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo.
“Joan Miró - A Força da Matéria”, organizada pelo instituto em parceria com a Fundação Joan Miró de Barcelona, e os patrocínios da Arteris e do Bradesco, apresenta 112 obras entre pinturas, esculturas, desenhos, gravuras, objetos e fotografias que contam a trajetória do pintor. Depois a exposição seguirá para o Museu de Arte de Santa Catarina, em Florianópolis, onde poderá ser vista de 2 de setembro a 14 de novembro.
A exposição, com obras selecionadas pela Fundação Joan Miró, divide-se em três grandes blocos cronológicos que coincidem com momentos vitais do artista nos quais vai atribuir à matéria um papel preponderante.
Nos Anos 30 e 40, as pinturas e desenhos da época da Guerra Civil Espanhola e da Segunda Guerra Mundial manifestam o início do interesse de Miró pela matéria. No período, seu caráter transgressor também se evidencia, sobretudo no terreno dos procedimentos técnicos. Mas foi no final dos anos 20 - após suas primeiras temporadas em Paris e o contato com artistas como Picasso, Masson e poetas como André Breton e Paul Éluard, da vanguarda surrealista - que Miró manifestou de forma explícita seu propósito de "assassinar a pintura", referindo-se à intenção de terminar com a concepção clássica da pintura de cavalete. É neste momento que Miró começa a fazer suas conhecidas colagens e objetos a partir de assemblage de materiais diversos.
Já nos Anos 50 e 60, com a presença maior de técnicas diversas, destaca-se o interesse continuado do artista pela experimentação da matéria, que o levará a trabalhar de forma profusa no campo da escultura, enquanto nos Anos 70 verifica-se como Miró, sobre suportes mais inusitados, segue questionando o sentido final da arte. Neste período, uma importante coleção de gravuras indica a destreza do artista a desafiar os padrões da técnica.
Paulo Miyada, curador do Instituto Tomie Ohtake, defende que a obra de Miró coloca em questão um aspecto tão determinante quanto subreptício na história da arte moderna: a espontaneidade. "A liberdade do traço de Miró seria uma força iconoclasta, gesto de física entrega de si mesmo ao desconhecido e inominado que não é bem o inconsciente, mas a espontânea canalização de energia e vontade através da materialidade da pintura", afirma.
Em Joan Miró - A Força da Matéria, segundo os curadores da Fundação, busca-se evidenciar o desafio que, desde os anos vinte, o artista manteve com as artes plásticas do mundo ocidental por seu afã ilusionista, para recuperar as qualidades espirituais e mágicas que a pintura e as artes em geral haviam tido na Antiguidade. A busca por uma criação primitiva, essencialmente artística, de reinvenção do olhar se dá, em seu trabalho, através da resignificação dos símbolos e signos.
"Começar de novo a cultura implica abrir o futuro com a lúcida reflexão acerca do princípio de todas as coisas. O gesto de Miró é uma génese tout court. (...) As obras de Miró parecem conscientes da dimensão mágica, quase protetora, da expressão e, ao criar visões para o mundo das ideias, como das coisas puras, reacende, sublinha, o aspecto milagroso da natureza e da vida. A arte regressa ao seu propósito de implicar verdadeiramente com a espiritualidade. A arte é um cuidado espiritual", aponta o escritor angolano radicado em Portugal, Valter Hugo Mãe, que escreve o texto concebido especialmente para a exposição de Miró no Brasil.
O artista, apaixonado pela pequena cidade de Mont-Roig, na região de Tarragona, na Catalunha, e as tradições populares e culturais espanholas, entendia que teria que buscar novas formas de recuperação da cultura da matéria, próxima aos povos ditos primitivos e, para isso, experimenta com os mais heterogêneos materiais, transformando-os por meio de inesperados procedimentos técnicos. "O interessante é perceber que a opção de Miró por uma linguagem mais despida o coloca verdadeiramente entre as sabedorias populares, como se emanasse como uma natureza efetivamente primordial, estrutural, capaz de se ausentar do que a cultura mascarou para se encontrar no ponto de partida, como alguém que reinaugura a cultura para reinaugurar a expressão", escreve Valter Hugo Mãe.
Grupo de personagens no bosque, 1931, Joan Miró / Créditos: © Successión Miró, Miró, Joan AUTVIS, Brasil, 2015 
O artistaJoan Miró nasceu em Barcelona, em 1893 e, ainda muito jovem, participou das vanguardas artísticas que agitaram a vida cultural espanhola no inicio do século XX. Desde o início, Miró praticou uma pintura de colorido intenso, com forte influência do movimento fauvista, que, na França, teve como seus principais expoentes os artistas Henry Matisse e Maurice de Vlaminck. Uma grave doença levou-o a passar uma longa fase em Mont-roig ("Monte Vermelho" que inspiraria suas cores). Nesse período, resolveu dedicar-se inteiramente à pintura. A vida, o trabalho no campo e a forte paisagem da região exerceram grande influência na formação de sua linguagem plástica.
Miró viajou a Paris pela primeira vez em 1920 e o impacto artístico e cultural da cidade sobre ele foi de tal ordem que permaneceu sem pintar durante toda a sua estadia parisiense. Entretanto, se aproximou das artes de vanguardas: conheceu o revolucionário cubista Pablo Picasso e impressionou-se com as ideias de Tristan Tzara, o grande agitador do movimento Dada, fez amizade com André Masson e inúmeros intelectuais. André Breton, líder do movimento surrealista afirmou que "Miró é o mais surrealista de todos nós", ao se referir aos outros artistas membros daquele movimento.
Miró nutriria grande simpatia pelo movimento, mas permaneceu sempre independente. A liberdade será, durante toda a sua vida, um modo de pensar e de pintar.
Cabeça, 1979, Joan Miró / Créditos: © Successión Miró, Miró, Joan AUTVIS, Brasil, 2015
ServiçoExposição: Joan Miró - A Força da Matéria
Datas e horários: De 24 de maio a 16 de agosto de 2015. De terça a domingo, das 11h às 20h.
Entrada: R$10,00 e R$5,00 (até 10 anos grátis); às terças grátis; compra de ingressos: ingresse.com, aplicativo do Instituto Tomie Ohtake, ou na bilheteria do Instituto de terça a domingo, das 10h às 19h.
Local: Instituto Tomie Ohtake, Av. Faria Lima, 201 (entrada pela Rua Coropés, 88) - Pinheiros.

Confira a Analise de Fernando Davis sobre a exposição. Acesse o link.

Interatividade e Tecnologia em exposição de Dinos no Zoo

Quem é fascinado por pré-história deve visitar a exposição "O Mundo dos Dinossauros", que está disponível no Parque Zoológico de São Paulo, localizado na zona Sul.

A exposição, jamais apresentada no Brasil, conta com mais de 20 dinossauros robotizados, em tamanho real, distribuídos em uma área de aproximadamente três mil metros quadrados em meio à natureza —  como a que eles viviam há 65 milhões de anos, quando foram extintos.



Réplica de dinossauro na natureza. 
Foto: Zoológico de São Paulo/ divulgação.

As réplicas expostas medem de oito a 25 metros de comprimento e chegam a respirar e a movimentar-se. Os fósseis também serão expostos.

É a oportunidade de ir além do que a literatura paleontológica e o cinema dizem sobre os grandes animais que já viveram aqui na Terra. Pode acreditar: a exposição supera o filme Jurassic Park!


Grande exposição de réplicas de dinossauros no Zoológico de São Paulo. Foto: Zoológico de São Paulo/ divulgação.
Crianças, jovens, adultos e idosos se encantarão com a experiência mágica de tocar, ouvir e ver os monstros da pré-história!
Também haverá cinema em 4D.

Você pode comprar um combo de ingressos zoo + exposição, consulte os valores aqui.



Réplica de dinossauro em tamanho real. 
Foto: Zoológico de São Paulo/ divulgação.

A exposição está aberta para visitação de segunda-feira a domingo, das9h às 17h. No entanto, atente-se ao horário de fechamento das bilheterias, às 16h30. O zoológico tem diversos meios de acesso e o estacionamento está na frente do portão de entrada. Para chegar lá, oZooTur é uma opção de transporte expresso do metrô Jabaquara ao Zoológico. As vans funcionam das 8h30 às 17h. Obtenha mais informações aqui.


Serviço:
Exposição "O Mundo dos Dinossauros"End.: Avenida Miguel Estéfano, 4241 – Saúde – zona Sul – São Paulo.
Horário de funcionamento: diariamente, das 9h às 17h.
Preço: R$ 10,00.
Tel.: (11) 5073-0811.
www.zoologico.com.br

AGENDA CULTURAL

ZÉ BEZERRA

ARTISTAS: JOSÉ BEZERRA
CURADORIA: TIAGO MESQUITA
DE 17/6 A 2/8
ENDEREÇO: RUA FERREIRA DE ARAUJO,625 PINHEIROS
TELEFONE: (11) 3813 7253
Entre os dias 17 de junho e 2 de agosto, a Galeria Estação apresenta a exposição individual de esculturas do pernambucano "Zé Bezerra". Quando José Bezerra olha um pedaço de madeira ele já reconhece a imagem que ali se insinua. Sua arte então é esculpir o tronco para que o desenho surja, deixando, porém, uma janela aberta à imaginação. Animais domésticos e bichos da região como tatus, cachorros e tamanduás são parte considerável da sua produção. Bezerra transforma temáticas simples em soluções inesperadas, ao deslocar com seu arsenal artístico a ideia que se tem da fauna original.
Com a intervenção de um facão, grosa, formão e serrote em árvores caídas, pedaços de troncos e raízes, ele retrata as mais diversas formas, aproveitando a natureza do Vale do Catimbau (PE), onde vive, para conceber o seu trabalho. "Ele vislumbra algo nos galhos antes mesmo de começar a trabalhar. Aliás, é o que ele enxerga na planta que o faz começar. Assim, a forma não é o fim do processo, mas qualidade do próprio cepo”, diz Tiago Mesquita, curador da exposição.
A mostra conta com cerca de 40 esculturas que se dividem em duas maneiras diferentes de relação da matéria com a forma. Além das peças nas quais a madeira sugere a figura do bicho, Bezerra trabalha também com troncos regulares a partir dos quais o animal aparece. “Pode ser a cabeça de um porco que surge na ponta de um toco, um carneiro que tenta sair do cilindro do tronco ou um tatu que se contorce tentando arrastar um pedaço curvo de pau”, explica o curador.
Mesquita ressalta ainda que muitas vezes, seu entalhe se confunde com os próprios veios e rachaduras da madeira. "Embora pareça bicho, o tronco não perde sua qualidade vegetal. O material decaído também não é mais árvore e começa a assumir outro aspecto. O artista figura uma coisa se tornando outra. Nem mais galho, mas ainda não bicho.”
Sobre o artista
José Bezerra (1952, Buíque, PE) vive no Vale do Catimbau, no sertão de Pernambuco, região, segundo pesquisadores e arqueólogos, considerado o segundo maior sítio arqueológico do Brasil, tanto pela quantidade de pinturas e inscrições quanto pelo valor histórico. É respirando esta atmosfera que o artista produz suas esculturas, exibindo-as ao redor de sua casa, uma aldeia de seres em madeira que encantam os viajantes que por lá passam, entre os quais Zé Celso Martinez.
Serviço:Exposição: Individual de José Bezerra, com curadoria de Tiago Mesquita.
Datas e horários: De 17 de junho a 2 de agosto de 2015 (abertura: dia 16/6, às 19h). De segunda a sexta, das 11h às 19h, sábados das 11h às 15h.
Local: Galeria Estação | Rua Ferreira de Araújo, 625 – Pinheiros.
Entrada franca.